As infecções genitourinárias podem ser causadas por transmissão sexual de microorganismos patogénicos : parasitas (Trichomonas vaginalis) ,bactérias (Treponema pallidum, Neisseria gonorrhoeae, Chlamydia trachomatis, Haemophilus ducreyi), ou virus (Herpes simplex virus, HPV, HIV). Podem também ser causadas por desequilíbrios na flora normal, levando ao aparecimento de vaginose bacteriana ou candidíase . Uma vez realizada a história clínica e exame físico, poderá ser possível diagnóstico correto e tratamento direcionado.
HPV ou Papilomavirus Humano é um vírus transmitido principalmente por contato sexual. São quase 200 subtipos e alguns são os responsáveis por infecções, lesões e verrugas genitais, outros pelo câncer de colo do útero. Muitas vezes assintomático, o HPV pode também, se não tratado adequadamente, causar câncer.
As lesões relacionadas ao HPV ocorrem em áreas como vulva, vagina, colo uterino, região perianal, reto. Ao longo da vida, mulheres sexualmente ativas poderão ser infectadas por alguns tipos do vírus e não saberão, pois muitos deles não apresentam sintomas. Por isso, é aconselhável, além de visitar a ginecologista anualmente ou a qualquer sinal diferente, como corrimentos, coceiras, dores, odores, entre outros; ter os exames preventivos como Papanicolau (através do qual verificamos as células do colo uterino) em dia. Infecções recorrentes devem ser investigadas e tratadas.
A vacina é um ótimo modo de se prevenir contra as doenças causadas pelo HPV. A partir dos 9 anos de idade, meninas e meninos já podem ser vacinados, na rede pública, as vacinas estão disponíveis para meninas entre 9 e 13 anos de idade. As vacinas atuais podem inclusive trazer vantagens para quem já tem lesões genitais prévias pelo HPV, por estimular a imunidade. Portanto, mesmo que você já tenha tido alguma manifestação de HPV, a vacina continua sendo recomendada.
Converse com a ginecologista e previna-se!
O uso de preservativos durante as relações sexuais ajuda a evitar a gravidez e previne o contágio de diversas doenças.
Quando os resultados dos exames estão alterados, o ginecologista deve indicar um tratamento específico, que dependerá do tipo, extensão e localização da lesão. Os métodos vão desde cauterização com ácido ou laser e até cirurgias.
